sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pai de oito filhos torna-se padre; idosa é mãe de três sacerdotes


Vams conhecer a história de duas pessoas, com caminhos distintos e que vivem o chamado de Deus. Um padre, que é pai de oito filhos e a mãe de três padres que um dia, quis ser religiosa.

Assista à reportagem
http://www.webtvcn.net/video/276624_SerieAno Sacerdotal



Luiz e Terezinha moram distantes cerca de 1.750 quilômetros um do outro e nunca se conheceram. Em comum, a grande intimidade com a Igreja.

Luiz conheceu a esposa, dona Joana, ainda nos anos 60. A primeira namorada. A esposa é mãe de 8 filhos, dois já falecidos. Mas Luiz também quis ser diácono, chegou a casar dois de seus filhos.

Em 1997 sua esposa faleceu. Luiz buscou um segundo casamento, não muito convencional: ser padre.

O caso é considerado raro dentro da Igreja, mas possível. O bispo da diocese de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, onde mora Padre Luís, foi quem fez a ordenação. É claro que com a ordenação vieram as brincadeiras com os filhos. Padre Luiz celebrou o casamento do terceiro filho. Emoção redobrada de Wagner e Katiane.

Para quem é filho, ir até o pai é fácil. O problema, no caso deles, é chegar até o padre. Ser padre e ser pai tem peculiaridades que com o tempo todos aprenderam a distinguir.

Na cidade de Barbacena, interior de Minas gerais. Dona Terezinha, de 84 anos e os filhos seguem rumo a Igreja de São José Operário, réplica da Basílica de São Pedro, em Roma. Ir para a Missa não é novidade para eles, a vida inteira foi assim.

Mas os caminhos de Deus podem sempre surpreender nossa maneira racional de compreensão. Dona Terezinha tem três filhos padres. O mais velho é o cônego Eustáquio. Há 31 anos reza todos os dias a liturgia das horas. O Sacerdócio em nossos tempos é definido por ele como desafio.

O segundo é padre Geraldo que atua na coordenação da pastoral de Fé e Política. E, o outro, padre Paulinho foi o terceiro a entrar para o seminário. Mas engana-se quem pensa que foi por causa dos dois irmãos.

A viúva Dona Terezinha ganhou três filhos como padres. O maior presente, é a alegria da entrega deles.

Já Padre Luiz é pai de 8 filhos. A mesma satisfação.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

REUNIÃO GERAL DE FORMAÇÃO - 08/05/2010

Reunião Geral de Formação – 08/05/2010

Formadora: Walquíria (Coordenadora do Setor D)
Tema: Coordenador de Grupo de Oração

Passos para reconstruirmos nossos Grupos de Oração


1. Unidade
“Todo o povo se reuniu como um só homem em Jerusalém” (Esdras 3,1)

Nós precisamos nos tornar um. Quando o nosso Grupo de Oração não vai bem sempre procurar alguém ou algo para colocar a culpa... culpa da intercessão pois não está orando, ou do núcleo que não vai bem...
Precisamos dar passos concretos.
Devemos amar os nossos pastores, pois Deus o confiou para estar a frente da Arquidiocese, do Setor, do Ministério, do Grupo de Oração com intuito de guiá-los com amor e dedicação e de colaborarem com este grande projeto de reconstrução.

2. Reconstruir sobre a base antiga

“Reconstruíram o altar sobre as antigas bases..”
(Esdras 3,3)


Devemos reconstruir sobre o que já está pronto.
Devemos dar passos concretos para a reconstrução dos nossos grupos. Devemos refletir se já tomamos passos concretos. Deus deseja que tomemos passos concretos.
Para que você coordenador dê esses passos concretos fiquem atentos a esses pontos:

1. O coordenador precisa ter consciência do seu papel
O Coordenador do Grupo de Oração não é apenas aquele servo que tem acesso a chave da capela e o primeiro servo a chegar no Grupo de Oração. O Coordenador de Grupo deve evangelizar, administrar, pastorear, liderar seu grupo. O Coordenador de Grupo deve amar seu grupo até doer.
Meditemos o Salmo 68,10 “É que o zelo de vossa casa me consumiu, e os insultos dos que vos ultrajam caíram sobre mim”, este belo Salmo nos mostra claramente como nós líderes iremos muitas vezes ser incompreendidos, mais devemos prosseguir decididamente.
Devemos usar as armas que o Senhor nos deu, devemos nos consumir pelo seu Reino.
Muitas vezes nós temos medo.
Deus poderia ter escolhido outra pessoa que possua mais talentos, dons, títulos, conhecimento, mais Deus nos escolheu. Entretanto Deus nos escolheu e só nos resta abraçar este chamado e nos consumir.
Devemos amar os irmãos, mais não devemos deixar de corrigi-los.
Deixemos de ser covardes, deixemos que a casa do Senhor nos consuma.


2) O Grupo de Oração tem a cara do Coordenador
Devemos ser líderes orantes.
No dia do nosso grupo devemos estar em prontidão, em jejum. O dia do nosso grupo de oração é o dia em que devemos acordar cedo e se por acaso não podermos realizar a prática do jejum que possamos exercitar a prática do silêncio, enfim ofertar ao Senhor o nosso dia.
Devemos reunir o núcleo e discernir um dia para realizarmos a prática do jejum.
Devemos buscar a Eucaristia e a Adoração diariamente.
Nós entramos muitas vezes num processo de ativismo e devemos estar em comunhão com Deus e vivermos em unidade.
Nós muitas vezes criticamos a liderança questionando porque tantas reuniões e também por eles solicitarem alguma contribuição para a realização de qualquer evento e muitas vezes somos egoístas pois nos esquecemos que muitos irmãos já se doaram para que hoje nós estivéssemos aqui...
Reflitamos João 15,5 “Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer”. Devemos dar frutos, pois devemos permanecer ligado à Cristo.
Quando comungamos Jesus Eucarístico, todo nosso ser se torna Eucarístico.

3) Conhecer o Carisma do seu Grupo
Quando conhecemos o carisma do nosso grupo, saberemos as necessidades e trabalharemos com eficácia.
A medida que eu conheço o carisma vou ter conhecimento do plano de Deus para o nosso Grupo.
O que Deus nos quer revelar?
Nós iremos prestar conta de cada ovelha do nosso grupo.
Devemos avaliar a reunião do nosso grupo, do nosso núcleo, pois muitas vezes torna-se apenas uma oportunidade para simplesmente lamentarmos.
Abandonemos-nos, nos esvaziemos, nos reunamos para fazermos a vontade do nosso Deus.
Não existe coordenador, ministério sem renúncia.
Devemos nos preocupar em formar novos líderes melhores que nós.
Meditemos Jeremias 48,10: “Maldito aquele que faz com negligência a obra do Senhor! Maldito o que recusa o sangue à sua espada”. Maldito significa “fora da graça” e nós como líderes estando fora da graça o nosso grupo conseqüentemente estarão fora da graça... voltemos a praticar obras de penitência.


4) Planejamento
Precisamos planejar nossos grupos de oração. Traçar metas, objetivos. Devemos promover ações de acordo com a realidade do nosso grupo.
Traçar planos de ação para colocarmos o plano de Deus em ação. Isso irá gerar credibilidade e em seguida os servos do grupo seguirão o coordenador.
Não devemos carregar defuntos ou abortos espirituais (pessoas que não nasceram de novo), não é que devamos excluí-las, devemos sim acompanhá-las e nos preocuparmos em formá-las, acompanhá-las espiritualmente.


5) Caminhar em obediência
É agradável a Deus caminharmos em obediência.
A RCC está nossas mãos à medida que nos mergulhamos, nos lançamos.
Quando Deus nos colocar o nome de um(a) irmão(a) para trabalhar conosco, fazer parte do núcleo, ou ser responsável por um ministério devemos colocar o nome deste irmão para a intercessão rezar e confirmar juntamente conosco a vontade do Senhor.
Nós como líderes devemos pastorear, tratar, promover retiros para o nosso grupo, retirá-los em oração, motivar as pessoas, reconstruir as muralhas.
As ovelhas têm uma visão pequena. Os pastores já tem uma visão melhor o que fará com que a ovelhinha não se perca, não se fira... Os pastores devem possuir uma visão ampliada. É isso que Ele deseja realizar conosco neste sábado (08/05/2010) ampliar a nossa visão como coordenadores.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Festa de Nossa Senhora de Fátima



Maria e o Mês de Maio




Uma longa tradição dedica o mês de maio, de maneira especial, à devoção mariana. Na Bíblia, certos dias, semanas são consagrados ao culto, de modo particular. Em cada dia Deus deve ser honrado, a Fé praticada, a Devoção vivida. A natureza humana, entretanto, sente-se ajudada, quando certas datas são escolhidas e recebem destinações apropriadas.

Há festas obrigatórias e há festas facultativas. O mês de maio se coloca entre estas, mas o seu conteúdo e suas possibilidades atingem tal grau que é difícil ao pastor zeloso encontrar razoável explicação para omitir-se nessa salutar prática religiosa.

Durante o Concílio Ecumênico Vaticano II, o Papa Paulo VI afirmou solenemente que Maria é a Mãe da Igreja, explicando a seguir, no seu “Credo do Povo de Deus”: “Nós acreditamos que a Santíssima Mãe de Deus, Mãe da Igreja, continua no céu a sua função maternal em relação aos membros de Cristo, cooperando no nascimento e desenvolvimento da vida divina nas almas dos remidos”.

O Santo Padre João Paulo II, em seu extraordinário magistério acerca da Virgem Maria, comenta e declara: “Maria está presente na Igreja como Mãe de Cristo e, ao mesmo tempo, como a Mãe que o próprio Cristo, no mistério da Redenção, deu ao homem na pessoa do Apóstolo São João. Por isso, Maria abraça, com a sua nova maternidade no Espírito, todos e cada um na Igreja; e abraça também todos e cada um mediante a Igreja. Neste sentido, Maria, Mãe da Igreja, é também modelo da Igreja” (“Redemptoris Mater”, nº 47).

Não se trata de uma mera devoção sentimental, nem tampouco de simples questão de gosto pessoal. A piedade mariana deve fundamentar-se em sólidos questionamentos bíblicos, para podermos acolher o dom da Redenção operada por seu Filho e encarar a realidade deste mundo em função da “parusia”, triunfo definitivo do Senhor e plenitude do Reino.

A Pastoral procura conservar os valores locais. O Concílio Ecumênico Vaticano II nos diz em “Lumen Gentium”, nº 13: "O Povo de Deus, em virtude da catolicidade de cada uma das partes, traz seus próprios dons às demais e a toda a Igreja”. Nosso povo se encontra profundamente marcado pelas comemorações marianas no mês de maio. Mesmo quando a fé é fraca ou falha, dá excelente possibilidade para um reencontro com o próprio Cristo e o mistério da salvação, que nós celebramos e exaltamos, enquanto veneramos Maria como o primeiro e o mais pleno fruto da obra redentora.

Quando insisto na celebração do mês de maio, não me refiro necessariamente à continuidade de determinadas práticas externas, mas ponho a tônica no espírito da devoção mariana, que deve ser incentivado nessa oportunidade. A clarividência do zelo de cada sacerdote indicará o que fazer e como fazer.

Onde for conveniente conservar a antiga apresentação do mês de maio, ninguém se esqueça de examinar o que deve ser empregado para uma constante e mais pura renovação do conteúdo autêntico, embora em formas tradicionais, para que esta legítima tradição brasileira não venha a desaparecer junto às gerações que surgem.

Três características estarão sempre presentes. A primeira é a maior divulgação da palavra de Deus, transformando-se o mês de maio em um período de evangelização mais intensa, evidentemente marcada pelo aumento da verdadeira devoção mariana. A segunda é a maior aproximação sacramental, notadamente a sagrada comunhão. A terceira é o crescimento da caridade em todo o Povo de Deus, como fruto da Fé e consequência da Eucaristia. Maria é a serva de Deus (“Magnificat”) para a salvação dos homens. Todo cristão é chamado para este serviço de amor e entrega, sem os quais uma comunidade não é cristã.

Longe de afastar do Cristo, a esclarecida devoção a Nossa Senhora a ele conduz. Porque ela foi o instrumento para introduzi-lo no mundo, dela nos devemos valer para sermos levados, através do Redentor, ao seio do Pai. O Concílio Vaticano II, na Constituição Dogmática “Lumen Gentium” dedica o capítulo 8º à Devoção Mariana e nos oferece rico material a ser bem aproveitado durante o mês de maio.

Em meios às dificuldades, emerge a figura de Maria, protótipo da Fé, modelo da união com Cristo Redentor, exórdio da humanidade salva e Mãe da Igreja.

Aos que sofrem, aos desesperados, aos que sentem a revolta ou o aguilhão da miséria, aos que necessitam da ajuda de Deus e dos homens, fazemos o nosso convite: renovem a fé profunda em Cristo, da qual Maria é nosso modelo; aproximem-se de Nossa Senhora, Mãe de Jesus e nossa Mãe. Incorporem-se aos louvores marianos de sua paróquia ou celebrem em sua própria casa. Façam crescer, dentro de si, o amor e a confiança na Mãe de Deus e nossa Mãe. Com Maria encontraremos o Cristo, o Redentor, e nele se renovará a vida cristã.

Realizemos, pois, em nossa vida o que pede o Vaticano II: “Dirijam todos os fiéis instantes súplicas à Mãe de Deus e mãe dos homens, para que Ela, que assistiu com suas orações aos começos da Igreja, também agora, exaltada sobre todos os anjos e bem-aventurados, interceda, junto de seu Filho, na comunhão de todos os santos, até que todos os povos, tanto os que ostentam o nome cristão, como os que ainda ignoram o Salvador, se reunam felizmente, em paz e harmonia, no único Povo de Deus, para glória da santíssima e indivisa Trindade” (“Lumen Gentium”, nº 69).

Dom Eugenio de Araujo Sales
Cardeal Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro

Banda Canal da Graça - Clipe: Anjo Guardião

sábado, 1 de maio de 2010

São José Operário


Dia 1 de maio a Igreja celebra a festa de São José Patrono dos trabalhadores. O Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1870, declarou o glorioso São José, Padroeiro da Igreja Católica. Este mesmo Papa, em 08/12/1854, já tinha proclamado solenemente o dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora.

Eram, como sempre, tempos difíceis para a Igreja. O Papa convocara o Concílio Vaticano I para enfrentar o brado da Revolução Francesa (1789) contra a fé, no endeusamento da razão e do nacionalismo. O século XIX começou marcado pelo materialismo racionalista e pelo ateísmo, fora da Igreja; dentro dela as tendências conciliaristas e de separatismo, que enfraqueciam a autoridade do Papa e a unidade da Igreja. Mais uma vez a Barca de Pedro era ameaçada pelas ondas do século. Então a Igreja recomendou-se ao “Pai” terreno do Senhor. Aquele que cuidara tão bem da Cabeça da Igreja, ainda Menino, cuidaria também de todo o seu Corpo Místico.

Trinta anos depois, o Papa Leão XIII, no dia 15/8/1899, assinava a Encíclica “Quanquam Pluries” sobre São José, nos tempos difíceis da virada do século. Ouçamos o Papa:
“Nos tempos calamitosos, especialmente quando o poder das trevas parece tudo usar em prejuízo da cristandade, a Igreja costuma sempre invocar súplice a Deus, autor e vingador seu, com maior fervor e perseverança, interpondo também a mediação do Santo, em cujo patrocínio mais confia para encontrar socorro, entre os quais se acha em primeiro lugar a Augusta Virgem Mãe de Deus”.
“Ora, bem sabeis Veneráveis Irmãos que os tempos presentes não são menos desastrosos do que tantos outros, e tristíssimos, atravessados pela cristandade. De fato, vemos perecer em muitos o princípio de todas as virtudes cristãs, de fé, extinguir-se a caridade, depravar-se nas idéias e costumes a nova geração, perfeitamente hostilizar-se por toda a parte a Igreja de Jesus Cristo, atacar-se atrozmente o Pontificado, e com audácia cada vez mais imprudente arrancarem - se os próprios fundamentos da religião”.
“Nós propomos… para tornar Deus mais favorável às nossas preces e para que Ele, recebendo as súplicas de mais intercessores, dê mais pronto e amplo socorro à sua Igreja, julgamos sumamente conveniente que o povo cristão se habitue a invocar com singular devoção e confiança, juntamente com a Virgem Mãe de Deus, o seu castíssimo esposo São José: temos motivos particulares para crer que seja isto aceito e agradável à própria Virgem. E, a respeito desse assunto, do qual pela primeira vez tratamos em público, bem conhecemos que a piedade do povo cristão não só é favorável, mas tem progredido também por iniciativa própria; pois vemos já gradativamente promovido e estendido o culto de São José por zelo dos Romanos Pontífices, nas épocas anteriores, universalmente aumentado e com indubitável incremento nestes últimos tempos, em especial depois que Pio IX, nosso antecessor de feliz memória, declarou às súplicas de muitos bispos, Padroeiro da Igreja Católica o Santíssimo Patriarca. Não obstante, por ser muito necessário que seu culto lance raízes nas instituições católicas e nos costumes, queremos que o povo cristão receba, antes de tudo, de nossa voz e autoridade novo estímulo”.

Vemos assim que, nas horas mais difíceis de sua caminhada a Igreja sempre recorre à Sua Mãe Santíssima, que nunca a desamparou; e, em seguida ao seu esposo castíssimo São José.

Vemos assim como a Igreja tem em alta conta a proteção intercessora de São José. Hoje a Igreja vive os mesmos tempos difíceis que levaram Pio IX, Leão XIII e Bento XV a invocarem São José com tanta confiança e necessidade. Mais do que antes a fé está ameaçada pelo racionalismo, relativismo moral e religioso, permissividade sexual, proliferação das seitas, falsas religiões - especialmente as de origem oriental e a Nova Era . Novamente é preciso invocar o Patrono da Igreja Universal.

Em uma aparição a Santa Margarida de Cortona, disse Jesus: “Filha, se desejas fazer-me algo agradável, rogo-te não deixeis passar um dia sem render algum tributo de louvor e de bênção ao meu Pai adotivo São José, porque me é caríssimo”.
Santo Afonso de Ligório garantia que todo dom ou privilégio que Deus concedeu a outro Santo também o concedeu a São José.
São Francisco de Sales diz que “São José ultrapassou, na pureza, os Anjos da mais alta hierarquia”.
São Jerônimo diz que: “José mereceu o nome de “Justo”, porque possuia de modo perfeito todas as virtudes”.
De fato, podemos concluir que, se José foi escolhido para Esposo de Maria, a mais santa de todas as mulheres, é porque ele era o mais santo de todos os homens. Se houvesse alguém mais santo que José, certamente seria este escolhido por Jesus para Esposo de Sua Mãe Maria.

São Bernardo diz de São José: “De sua vocação, considerai a multiplicidade, a excelência, a sublimidade dos dons sobrenaturais com que foi enriquecido por Deus”. Os Santos Padres e Doutores da Igreja concordam em dizer que São José foi escolhido para esposo de Maria pelo próprio Deus.

O Papa Pio IX, antes mesmo de proclamar S. José Patrono da Igreja, já dizia : “É racional colocar o Corpo Místico do Salvador, a Igreja, sob a poderosa proteção dAquele que velou sobre Jesus e Maria. Os sustentáculos da Igreja nascente, José e Maria, retomem nos corações o lugar que jamais deveriam ter perdidos, e o mundo será salvo outra vez”.
Se na terra São José foi o protetor do próprio Menino-Deus, deve ser agora o Patrono (protetor, defensor, guarda) do seu Corpo Místico, a Igreja.

É eloqüente o testemunho de Santa Teresa de Ávila, doutora da Igreja, devotíssima de São José. No “Livro da Vida”, sua autobiografia, ela escreveu :
“Tomei por advogado e senhor ao glorioso São José e muito me encomendei a ele. Claramente vi que dessa necessidade, como de outras maiores referentes à honra e à perda da alma, esse pai e senhor meu salvou-me com maior lucro do que eu lhe sabia pedir. Não me recordo de lhe haver, até agora, suplicado graça que tenha deixado de obter. Coisa admirável são os grandes favores que Deus me tem feito por intermédio desse bem-aventurado santo, e os perigos de que me tem livrado, tanto do corpo como da alma. A outros santos parece o Senhor ter dado graça para socorrer numa determinada necessidade. Ao glorioso São José tenho experiência de que socorre em todas. O Senhor quer dar a entender com isso como lhe foi submisso na terra, onde São José, como pai adotivo, o podia mandar, assim no céu atende a todos os seus pedidos. Por experiência, o mesmo viram outras pessoas a quem eu aconselhava encomendar-se a ele. A todos quisera persuadir que fossem devotos desse glorioso santo, pela experiência que tenho de quantos bens alcança de Deus…De alguns anos para cá, no dia de sua festa, sempre lhe peço algum favor especial. Nunca deixei de ser atendida”.


ORAÇÃO A SÃO JOSÉ

“A vós, São José, recorremos em nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio de Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos o vosso patrocínio.
Por esse laço sagrado de caridade, que os uniu à Virgem Imaculada, Mãe de Deus, pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus conquistou com seu sangue,e nos socorrais em nossas necessidades com o vosso auxílio e poder.
Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a raça eleita de Jesus Cristo.
Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício.
Assisti-nos do alto do céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; assim como outrora salvastes da morte a vida do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas de seus inimigos e contra toda adversidade.
Amparai a cada um de nós com o vosso constante patrocínio, a fim de que, a vosso exemplo, e sustentados com vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no céu a eterna bem-aventurança. Assim seja.