terça-feira, 8 de junho de 2010

Setor O (RCC/Vitória) tem novo Pastor

O Setor O (RCC/Vitória de Santo Antão) tem novos pastores.
O Conselheiro Interino é Marquinhos e o Suplente é Ivandir Paixão.O discernimento aconteceu no último dia 06 de Junho. Oremos para que estes dois irmãos sejam belos instrumentos na mão de Deus e reinflame ainda mais Vitória de Santo Antão.. ó Glóooria!!

Fotos do discernimentos:


Marquinhos, Graça Amorim e Ivandir





sábado, 5 de junho de 2010

Os sacerdotes que abusaram de mim


Segue a livre tradução de um texto bastante forte sobre as tremendas experiências que uma pessoa teve com alguns sacerdotes. Ouso dizer que esses formam parte da maioria. Cuidado com eles…

“Quanto era muito criança, sem ter consciência, sem liberdade, sem poder defender-me, um deles me fez filho de Deus, herdeiro da Vida Eterna, Templo do Espírito Santo e membro da Igreja, nunca poderei perdoar-lhe por ter-me feito tanto bem.

Outro insistiu em meus tenros anos em inculcar-me, violentando a minha vontade, o respeito pelo nome de Deus, a necessidade absoluta da oração diária, a obediência e a reverência aos meus pais, o amor pela minha pátria, e me ensinou a utopia de não mentir, não roubar, não falar mal dos outros, perdoar e todas essas coisas que nos fazem tão hipócritas e ridículos…

Outro apareceu mencionando que o Espírito Santo devia vir completar a obra começada no Batismo, que me fariam falta seus dons e seus frutos, que já era hora de que viesse em minha ajuda Aquele que me faria defender a Fé, como um soldado. Que ousadia falar em termos tão bélicos! Fez nessa época que eu cuidasse minha alma frente ao mundo, que fosse nobre, leal e honesto…

Outro abusou dando-me livros para ler, não lhe bastassem seus conselhos, que faziam colocar o olhar na eternidade e viver como estranho aqui na terra. Quem tirará agora da minha cabeça os quatro Evangelhos? As glórias de Maria? A imitação de Cristo? As Confissões? As Moradas? Etc. Quem será capaz de curar-me de todos esses tesouros que me marcaram para sempre?

Outro abusou da minha ignorância ensinando-me coisas que não sabia. Outro não falava, mas sua vida virtuosa me inclinava cada vez mais a imitá-lo. Houve alguns que se aproveitaram de mim em momentos inesperados e me corrigiram, me alentaram, e até rezaram por mim.

Outros, quando eu já estava em um círculo do qual não podia sair, insistiram com minha natureza caída e me incitaram a receber a Jesus Cristo em Corpo e Sangue, para resistir aos embates do inimigo, para fortalecer minha fraqueza e santificar-me cada dia mais. Embora, para aquele que leia esta denúncia, pareça que isso já é demasiado e que não seja possível, digo-lhe que os abusos seguiram aumentando, e tudo passou a coisas maiores. Cada vez que conhecia um sacerdote, se aproveitava de mim com renovados métodos, relíquias, santinhos, água benta, terços, bênçãos e orações de todo tipo, armavam um cerco com tremendos benefícios que chegaram ao limite do suportável.

Quero deixar clara esta injustiça cheia de perversidade, e que atendam a minha reclamação nesta denúncia, por que sei que alguns deles estarão esperando-me para seguir com essa iniqüidade, sentado num confessionário ou ao lado de minha cama quando estiver moribundo, e, ainda que desapareça, seguirão com sufrágios pela minha alma e súplicas de misericórdia.

Quero que se somem a minha voz todos aqueles que foram vítimas desses incidentes, e se sentiram ultrajados por estas pessoas, pois sei que a outros os uniram em matrimônio, a outros lhes descobriram a vocação, a outros até chegaram a ajudar-lhes materialmente ou guardaram com chave em seu coração, para sempre, segredos tremendos de suas misérias humanas.

Cuidemos seriamente para não termos trato com eles. Não demos a eles nossos dados. Não os olhemos nos olhos, não os consultemos absolutamente para nada. Não sigamos nenhum de seus passos, pois corremos o risco de um dia cair em suas armadilhas e salvar-nos eternamente”.

Extraído do blog do Tiba

Testemunho - A vida de Thalles, graças à opção de sua mãe

Testemunho forte, na luta contra o aborto. Este nos faz relembrar que devemos a todo instante e mesmo em face a todos os problemas, nos decidir em dizer SIM à vida. Leia com bastante atenção e carinho.
_______________
Em 2001, aos 19 anos de idade, eu cursava a faculdade de Direito e, em virtude de um namoro, fiquei grávida. Como muitas meninas, tive medo da reação de minha família, porém, meus pais foram maravilhosos: não apoiaram minhas falhas, no entanto, me acolheram com muito amor.

Sentia-me frustrada, por ver que minha vida havia tomado um rumo diferente do que eu sonhara, mas procurava mergulhar no mistério de ser mãe e abria-me para aquele momento especial que estava acontecendo.

O relacionamento com o pai da criança encerrou-se. Contudo, no terceiro mês de gestação, fomos juntos ao exame de ecografia para conhecer o sexo do neném. Era um menino, e fiquei radiante de alegria!

A ecografista pediu que fôssemos comer alguma coisa e, depois, voltássemos. Nesse intervalo, escolhemos o nome do bebê, Thalles. Quando retomamos, ela nos contou: o neném era anencéfalo e não sobreviveria após o parto.

Não sabíamos nada sobre anencefalia. Por isso, durante a tarde, procuramos a emergência de um conhecido hospital particular. Ao iniciarmos a consulta, o obstetra disse-me: - Se você fosse minha paciente, eu te levaria agora para a curetagem. Perguntei o que seria isso e explicaram-me que significava fazer o abortamento. Como recusei, o médico revidou: Menina, para que você quer uma coisa que não presta?!

Afirmei que não estava interessada em abortar e somente queria a confirmação do laudo. Após uma nova ecografia, tivemos a certeza do diagnóstico. Eu não tinha nenhuma fundamentação teórica para não abortar. Simplesmente não queria que tirassem o meu filho de mim. Não era justo, sempre fui muito amada por meus pais e sempre tive temor a Deus. Não poderia fazer isso com o neném.

Já no sétimo mês, procurei uma equipe de especialistas em gravidez de risco (para a mãe e/ou para a criança) da rede pública de Brasília, pois queria informações sobre os cuidados que deveria ter, caso meu filho viesse a sobreviver após o parto. Infelizmente, essa equipe também é responsável por fazer os abortamentos liberados por um Promotor de Justiça do Distrito Federal. Todavia, imaginei que, por serem especialistas, iriam me ajudar.

Durante o atendimento, fiquei admirada, pois o chefe da equipe, composta por oito profissionais, dizia que eu já deveria ter interrompido a gravidez, que o parto por cesariana seria mais arriscado que o aborto, que eu não deveria mostrar o meu filho a ninguém e, até mesmo, que eu poderia ficar cheia de varizes e estrias. Tudo para que eu decidisse abortar. Como não aceitei seus argumentos, o médico orientou-me a dar continuidade ao pré-natal junto à médica particular.

Graças a Deus, eu e meu filho superamos todos os preconceitos e dificuldades. Amei-o com toda intensidade que conseguia. Cantei, rezei, brinquei, ou seja, fiz tudo o que uma mãe faz com o seu filho no ventre. Sentia-me bem e não tive alterações fisiológicas, senão aquelas comuns a toda gravidez.

Thalles se mexia bastante enquanto eu descansava e ficava quietinho em minhas horas de estudo. Vibrava também quando íamos à Igreja. Minha mãe e as pessoas mais próximas observavam como se movimentava durante as orações e na Santa Missa.

Ele nasceu às 13h15min do dia 9 de julho de 2002. Antes de cortar o cordão umbilical, foi batizado por uma das médicas. Recebeu sua certidão de nascimento, como qualquer cidadão brasileiro, e faleceu às 11h25min do dia seguinte.

Tive a oportunidade de segurá-Io no colo e de me despedir dele. Hoje trago uma linda e real lembrança, de uma gravidez, que teve algumas dificuldades intrínsecas à situação, mas que me trouxe muitos benefícios enquanto pessoa humana e me deu uma grande alegria: a de ser mãe.

Sou mãe do Thalles, vivo ou morto, bonito ou feio, presente ou ausente. Sou mãe dele, porque ele efetivamente existiu e foi gerado em mim, o tempo que ele permaneceu com a minha família após o parto foi um grande lucro.

Anencefalia é uma "má-formação rara do tubo neural acontecida entre o 16° e o 26° dia de gestação, na qual se verifica 'ausência completa ou parcial da calota craniana e dos tecidos que a ela se sobrepõem e grau variado de má-formação e destruição dos esboços do cérebro exposto" (Comitato nazionale per Ia bioetica. Il neonato anencefalico e Ia donazione di organi. 21 giugno 1996. p. 9). Não se trata da ausência do encéfalo, pois os bebês anencéfalos, embora não tenham o cérebro, preservam o tronco cerebral, responsável pelo batimento cardíaco, pela deglutição, tosse e piscar dos olhos. Portanto, o bebê anencéfalo é um ser humano vivo e não um natimorto (CRUZ, Luiz Carlos Lodi da. Disponível em www.providaanapolis.org.br).

A incidência de anencefalia é reduzida com a ingestão de um componente muito acessível chamado ácido fólico, presente em alimentos enriquecidos e que pode, também, ser encontrado em pílulas disponíveis em alguns postos de saúde e nas farmácias.

Portanto, não existe razão para a liberação do aborto de bebês anencéfalos. Atualmente, porém, cada vez mais, as pessoas respondem às adversidades sociais com crimes e condutas desonestas. Hoje, uma pessoa pode fechar outra no trânsito e receber um tiro por isso. A discussão sobre a legalização do aborto se enquadra nesse raciocínio: considera-se normal algo que não é, ou seja, matar um ser humano.

Aprendemos a nos dobrar diante das situações e a optar por vias aparentemente mais rápidas e fáceis. Essa é a proposta de quem defende o aborto. Com o aborto, o Estado apenas se livra das mães de bebês anencéfalos, pois é mais simples convencê-Ias de que seu filho não tem vida nem valor e dispensá-Ias após o abortivo do que oferecer acompanhamento durante vários meses. Dessa forma, impedimos a construção da sociedade solidária, como preconizada pelo objetivo republicano.

Argumenta-se que para a mulher é sofrimento demasiado saber que seu filho vai morrer. Realmente, não é fácil. Contudo, as doenças e dificuldades não são um atestado para matar. Ante a notícia da má-formação de seu filho, a mulher poderá sentir-se desnorteada e, estimulada por médicos, poderá optar pelo aborto. Todavia, passado algum tempo, ficará a lembrança da morte do filho ocasionada não por uma força natural, mas por ela mesma. Isso sim é desumano e violento.

Talvez não exista outro ato que empobreça tanto as relações humanas, do que o assassinato de uma criança por sua própria mãe. Sob o aspecto jurídico, o aborto viola os fundamentos constitucionais ao desrespeitar o direito à vida, estabelecido como cláusula pétrea no artigo 5° da Constituição Federal.

Portanto, a luta pela vida e contra o aborto é dever de todo cidadão, mas, para nós cristãos, é, principalmente, reflexo do seguimento a Jesus Cristo, que veio para que todos tivéssemos vida.

Nossa Senhora de Guadalupe, protetora dos nascituros, rogai por nós!

Janaina da Silva César,
Advogada

*Fonte: Revista Renovação, edição nº 44, p.14 (mai/jun de 2007).
DIGA SIM À VIDA, DIGA NÃO AO ABORTO!!!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Corpus Christi – o Amor que se oferece na Eucaristia


É característico na Festa de Corpus Christi a gente se recordar, isto é, trazer de volta ao coração as cenas da Instituição Eucarística. É fascinante saber que ali no dom do Pão Eucarístico está nos reservado o tesouro e os mistério da Salvação, nos trazendo a lembrança de que o pão significa tudo aquilo de que temos fome. Temos fome de amor, de cuidado, de afeto, em uma palavra: de plenitude.

Essa relação do pão com a fome nos ajuda a compreender o porquê de Jesus ser o cumprimento da promessa quando Ele se distingue do maná que os israelitas comeram no deserto. ’’Em verdade, vos digo: Moisés não vos deu o pão do céu, mas o meu Pai é quem vos dá o verdadeiro Pão, porque o Pão de Deus é o pão que desce do céu e dá vida ao mundo. Eu sou o Pão da Vida. Aquele que vem a mim não terá fome, pois o pão que Eu Vos dou é a minha carne para a salvação do mundo” (Jo 6, 32-33; 35; 51).

Em pleno deserto, o Cristo afirma que pode nos alimentar. No deserto do vazio interior, no deserto dos sentimentos, nos desertos mais secretos e escondidos da condição humana… São nestes desertos que Jesus se faz alimento a nos nutrir e nos permitir a ir em frente. Faz-se alimento, porque refeição é devolução, é restituição daquilo que perdemos. Alimentamo-nos diariamente para devolver ao corpo aquilo que lhe foi subtraído e perdido. Cada refeição é lugar e oportunidade de se restituir. A refeição é tão redentora que alguns encontros de Jesus se deu no seu desejo de sentar-se à mesa com aqueles que precisavam ter a Vida Plena devolvida. O prato principal não era material, mas sim a Vida!

Neste sentido de saborear a refeição como devolução, encontramos Jesus que salva Zaqueu e toda sua família (Lc 19, 1-10); em Betânia Ele entra na história de Simão, o Leproso (Mc 14, 3), e finalmente com os discípulos na Última Ceia, Ele se senta à mesa para fazer refeição com seus amigos. Interessante é que nas duas primeiras refeições, o Mestre lhes ensina que quando nos sentamos à mesa, não nos alimentamos tão somente do que está posto sobre ela, mas, sobretudo de quem se serve dela. Alimentamo-nos do olhar, do amor, dos gestos, do afeto, e de tudo o que o outro significa. O outro nos nutre, nos devolve, nos restitui… Por isso é edificante nos sentarmos à mesa e fazermos juntos a refeição cotidiana. ’’Comer e beber juntos significa estarmos comprometidos. O banquete não é lugar para saciar somente a fome do corpo, mas também a fome da alma. Ao estar com os que amo para me alimentar, de alguma forma eu os trago para dentro de mim. ’’

Com os discípulos o significado da refeição fica mais claro e ganha um sentido mais redentor, pois ali a Salvação acontece. O mestre se senta à mesa e torna-se a refeição na qual todos os convidados se alimentariam. Em Jesus, os desertos da história daqueles discípulos dão lugar à vida nova. No Cristo, o Verdadeiro Amor se traduz, e faz o Pão se transformar em Seu Corpo e o Vinho em Seu Sangue. E como se não bastasse, Ele revela que o seu Amor é mais revelador do que muitas palavras quando Ele estende o Sacrifício Eucarístico até o Sacrifício do Calvário. Jesus identifica o pão que reparte, com a carne que Ele dá para a vida do mundo. Ele vem a ser o Pão que nos alimenta precisamente quando está na cruz.

De fato é o Amor que faz do Cristo pão para nós. Assim, o Pão na Eucaristia passa a ser o Sacramento do Amor que na Cruz Ele dirigiu até o fim. Portanto, ao comer esse Amor que se tornou Corpo no Pão Eucarístico, percebemos que o próprio Jesus é o Pão que sacia nossa fome, nos trazendo a certeza de que só conseguimos suportar a travessia dos desertos se segurarmos as mãos desse Amor que se oferece na Eucaristia de cada missa celebrada. Felizes são os convidados para este Banquete!